quinta-feira, 14 de junho de 2007
O Nordeste
Com uma área de 1.556.001 km², 18,27% do território nacional, a região Nordeste abriga 42.822.100 habitantes - quase 30% da população brasileira. É a área mais problemática do país, situação que decorre da baixa produtividade da terra, cultivada segundo métodos primitivos, do latifúndio (grande propriedade) improdutivo e do minifúndio (pequena propriedade) deficitário, da falta de oportunidade de emprego, da seca e da escassez de meios de transporte e comunicação.
Todos esses fatores somam-se para debilitar a economia nordestina. Nas últimas décadas, os problemas foram atenuados, de certa forma, pelo grande volume de capitais atraídos pelo mecanismo de incentivos fiscais e pela atuação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), como órgão de planejamento econômico. No entanto, todas essas verbas e esforços ainda são insuficientes para resolver problemas tão graves como o desemprego e a grande disparidade entre a economia nordestina e a do resto do país
Incluindo nove Estados - Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia - e um território - Fernando de Noronha -, a região Nordeste apresenta grande diversidade de aspectos físicos e humanos. Distinguem-se perfeitamente dentro desse conjunto pelo menos quatro áreas com características próprias e bem definidas: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte.
Todos esses fatores somam-se para debilitar a economia nordestina. Nas últimas décadas, os problemas foram atenuados, de certa forma, pelo grande volume de capitais atraídos pelo mecanismo de incentivos fiscais e pela atuação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), como órgão de planejamento econômico. No entanto, todas essas verbas e esforços ainda são insuficientes para resolver problemas tão graves como o desemprego e a grande disparidade entre a economia nordestina e a do resto do país
Incluindo nove Estados - Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia - e um território - Fernando de Noronha -, a região Nordeste apresenta grande diversidade de aspectos físicos e humanos. Distinguem-se perfeitamente dentro desse conjunto pelo menos quatro áreas com características próprias e bem definidas: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte.
A Zona da Mata
A Zona da Mata corresponde a uma faixa estreita - 50 a 120 km de largura - que se estende do Rio Grande do Norte à Bahia. Atravessando essa faixa de leste para oeste é possível perceber três diferentes áreas de relevo: o litoral, os tabuleiros e os planaltos ondulados. O litoral é formado de estreitas planícies costeiras, cobertas de mangues e coqueirais. Os tabuleiros são mais elevados, mas ainda planos e cobertos de cerrados (se o solo é ruim) ou matas (se o solo é bom). Já os planaltos ondulados constituem a área onde se desenvolveram primeiro a Mata Atlântica e, depois, os canaviais: colinas suavemente onduladas e solos férteis caracterizam essa região.
A área total da Zona da Mata é pequena (pouco mais de 100.000 km²), correspondendo a apenas 7% da superfície da região Nordeste. Os solos férteis e a lavoura da cana, porém, atraíram muita gente: hoje, cerca de 30% da população nordestina vive nesse trecho.
A Zona da Mata corresponde a uma faixa estreita - 50 a 120 km de largura - que se estende do Rio Grande do Norte à Bahia. Atravessando essa faixa de leste para oeste é possível perceber três diferentes áreas de relevo: o litoral, os tabuleiros e os planaltos ondulados. O litoral é formado de estreitas planícies costeiras, cobertas de mangues e coqueirais. Os tabuleiros são mais elevados, mas ainda planos e cobertos de cerrados (se o solo é ruim) ou matas (se o solo é bom). Já os planaltos ondulados constituem a área onde se desenvolveram primeiro a Mata Atlântica e, depois, os canaviais: colinas suavemente onduladas e solos férteis caracterizam essa região.
A área total da Zona da Mata é pequena (pouco mais de 100.000 km²), correspondendo a apenas 7% da superfície da região Nordeste. Os solos férteis e a lavoura da cana, porém, atraíram muita gente: hoje, cerca de 30% da população nordestina vive nesse trecho.
Nos séculos XVI e XVII, a Zona da Mata abrigou uma verdadeira "civilização do açúcar": tudo girava em torno dos engenhos e lavouras de cana. No começo da década de 90, a produção de açúcar e álcool ainda era a principal atividade da região: na Zona da Mata havia 77 usinas em 1991, responsável por quase 39% da produção nacional de açúcar e por 15% da de álcool. Mas desde a década de 80 a produção açucareira de todo o Nordeste já havia sido suplantada pela de São Paulo. Além disso, na própria Zona da Mata outros produtos ganhavam importância cada vez maior: é o caso do algodão, do cimento, do cacau e do petróleo. Embora o algodão seja cultivado sobretudo no Agreste e no Sertão, é na Zona da Mata que ficam as fábricas de fios e tecidos, geralmente perto dos portos. A indústria do cimento tem uma produção relativamente grande, mas ainda insuficiente para atender ao consumo regional. Quanto ao cacau, é cultivado no sul da Bahia, região de clima e solo tão favoráveis à planta que acabou responsável por mais de 80% da produção brasileira. Uma pouco ao norte da zona do cacau, situa-se no Recôncavo Baiano, segunda maior bacia produtora de petróleo do Brasil.
É ainda na Zona da Mata que ficam as duas maiores cidades do Nordeste, Recife e Salvador. Em estimativa de 1993, a região metropolitana de Recife somava 2,9 milhões de habitantes, e a de Salvador, 2,6 milhões, ocupando respectivamente o quinto e o sexto lugares entre as maiores metrópoles brasileiras.
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O Agreste
Logo após a Zona da Mata, para o interior, estende-se uma faixa mais curta, que a acompanha apenas até Sergipe: o Agreste. É bem menos úmido que a Zona da Mata, mas mesmo assim as chuvas aí são mais certas e mais frequentes que no Sertão, embora já sejam insuficientes para a agricultura.
A maior parte do Agreste corresponde à extensa chapada da Borborema. Nos pontos mais altos da chapada o clima é mais úmido e mais frio, favorecendo as atividades agrícolas. Esses pontos são conhecidos regionalmente pelo nome de brejos, e aí se concentram as pessoas e as lavouras.
A área do Agreste é pequena, corresponde a 50.000 km², isto é, menos de 4% do total da região Nordeste. No entanto, é uma área densamente povoada, pois concentra cerca de 12% da população. Nos brejos, a terra é mais valiosa: por ser úmida o ano todo, permite vários tipos de lavoura. Cultivam-se milho, feijão e mandioca para subsistência; tomate, cebola, frutas e flores para o abastecimento das cidades da região; e algodão, sisal e café para os mercados do exterior e do Sudeste. Nas partes mais secas do Agreste, cria-se o melhor gado bovino da região, em áreas cercadas e com pastos plantados.
É ainda na Zona da Mata que ficam as duas maiores cidades do Nordeste, Recife e Salvador. Em estimativa de 1993, a região metropolitana de Recife somava 2,9 milhões de habitantes, e a de Salvador, 2,6 milhões, ocupando respectivamente o quinto e o sexto lugares entre as maiores metrópoles brasileiras.
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O Agreste
Logo após a Zona da Mata, para o interior, estende-se uma faixa mais curta, que a acompanha apenas até Sergipe: o Agreste. É bem menos úmido que a Zona da Mata, mas mesmo assim as chuvas aí são mais certas e mais frequentes que no Sertão, embora já sejam insuficientes para a agricultura.
A maior parte do Agreste corresponde à extensa chapada da Borborema. Nos pontos mais altos da chapada o clima é mais úmido e mais frio, favorecendo as atividades agrícolas. Esses pontos são conhecidos regionalmente pelo nome de brejos, e aí se concentram as pessoas e as lavouras.
A área do Agreste é pequena, corresponde a 50.000 km², isto é, menos de 4% do total da região Nordeste. No entanto, é uma área densamente povoada, pois concentra cerca de 12% da população. Nos brejos, a terra é mais valiosa: por ser úmida o ano todo, permite vários tipos de lavoura. Cultivam-se milho, feijão e mandioca para subsistência; tomate, cebola, frutas e flores para o abastecimento das cidades da região; e algodão, sisal e café para os mercados do exterior e do Sudeste. Nas partes mais secas do Agreste, cria-se o melhor gado bovino da região, em áreas cercadas e com pastos plantados.
Antigamente, as cidades mais importantes do Agreste localizam-se nos brejos, onde havia muita água e bom clima. Hoje, no entanto, são mais importantes aquelas situadas às margens das rodovias e ferrovias que se dirigem para o litoral - e esses caminhos não passam pelos brejos, mas pelas áreas mais secas. Assim, entre as cidades mais desenvolvidas e populosas do Agreste destacam-se Campina Grande, na Paraíba, Caruaru e Garanhuns, em Pernambuco e Arapiraca, em Alagoas.
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O Sertão
O Sertão é a mais extensa das subdivisões do Nordeste, ocupando 65% da superfície da região: quase 1.000.000 km². Corresponde principalmente ao interior da região, mas estende suas características até o litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte.
Na maior parte do Sertão o relevo é plano, apenas interrompido aqui e ali pelas chapadas, elevações baixas de encostas retas e topo plano. A principal característica da paisagem é o clima quente e seco. A falta de chuvas, aí, é agravada pelo fato de que elas não são certas: às vezes se passam dois ou três anos sem precipitações.
As secas normais começam em maio e se estendem por oito ou nove meses. Nessa época, o Sertão mostra seu aspecto mais conhecido. Os rios secam, o solo ressecado racha e a vegetação perde as folhas. Essa vegetação, a caatinga, mostra-se então como uma savana de árvores baixas e espalhadas, entre as quais se desenvolve um emaranhado de cactos e arbustos espinhosos. Do mesmo modo que no Agreste, no alto das chapadas o clima é mais úmido e menos quente, o que atrai as pessoas, concentrando as atividades agrícolas.
De qualquer forma, as condições desfavoráveis do Sertão fazem com que seja menos habitado que a Zona da Mata ou o Agreste: embora corresponda a 65% da região Nordeste, aí vive apenas cerca de 45% da população regional. É principalmente dessa região do Nordeste que partem as correntes migratórias para o sudeste do país. As secas mais prolongadas forçam os sertanejos a ir tentar uma vida melhor em cidades como São Paulo, onde o que os espera, na verdade, é o desemprego e a miséria, pois a cidade já tem problemas de superpopulação. Para vencer o flagelo das secas, o Governo vem construindo açudes no Sertão, mas seu número é ainda insuficiente.
A principal atividade econômica do Sertão é a criação de gado. Ao contrário do que ocorre no Agreste, porém, na caatinga sertaneja o gado é criado solto, cabendo aos agricultores cercar as suas plantações. Esse tipo de criação, praticado desde o século XVI, dá poucas despesas ao criador, mas também pouco rendimento, porque os animais não alcançam bom peso e tamanho.
Ao norte, no litoral do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a paisagem muda. É a zona do sal e da carnaúba. Além de fornecer cera, a carnaubeira (um tipo de palmeira) tem diversas outras utilidades, principalmente para a população mais pobre: a folha é usada na cobertura das casas e serve ainda para fazer chapéus, bolsas e esteiras; o palmito é comestível, e o tronco pode ser usado na construção de casas, currais etc.
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O Sertão
O Sertão é a mais extensa das subdivisões do Nordeste, ocupando 65% da superfície da região: quase 1.000.000 km². Corresponde principalmente ao interior da região, mas estende suas características até o litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte.
Na maior parte do Sertão o relevo é plano, apenas interrompido aqui e ali pelas chapadas, elevações baixas de encostas retas e topo plano. A principal característica da paisagem é o clima quente e seco. A falta de chuvas, aí, é agravada pelo fato de que elas não são certas: às vezes se passam dois ou três anos sem precipitações.
As secas normais começam em maio e se estendem por oito ou nove meses. Nessa época, o Sertão mostra seu aspecto mais conhecido. Os rios secam, o solo ressecado racha e a vegetação perde as folhas. Essa vegetação, a caatinga, mostra-se então como uma savana de árvores baixas e espalhadas, entre as quais se desenvolve um emaranhado de cactos e arbustos espinhosos. Do mesmo modo que no Agreste, no alto das chapadas o clima é mais úmido e menos quente, o que atrai as pessoas, concentrando as atividades agrícolas.
De qualquer forma, as condições desfavoráveis do Sertão fazem com que seja menos habitado que a Zona da Mata ou o Agreste: embora corresponda a 65% da região Nordeste, aí vive apenas cerca de 45% da população regional. É principalmente dessa região do Nordeste que partem as correntes migratórias para o sudeste do país. As secas mais prolongadas forçam os sertanejos a ir tentar uma vida melhor em cidades como São Paulo, onde o que os espera, na verdade, é o desemprego e a miséria, pois a cidade já tem problemas de superpopulação. Para vencer o flagelo das secas, o Governo vem construindo açudes no Sertão, mas seu número é ainda insuficiente.
A principal atividade econômica do Sertão é a criação de gado. Ao contrário do que ocorre no Agreste, porém, na caatinga sertaneja o gado é criado solto, cabendo aos agricultores cercar as suas plantações. Esse tipo de criação, praticado desde o século XVI, dá poucas despesas ao criador, mas também pouco rendimento, porque os animais não alcançam bom peso e tamanho.
Ao norte, no litoral do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a paisagem muda. É a zona do sal e da carnaúba. Além de fornecer cera, a carnaubeira (um tipo de palmeira) tem diversas outras utilidades, principalmente para a população mais pobre: a folha é usada na cobertura das casas e serve ainda para fazer chapéus, bolsas e esteiras; o palmito é comestível, e o tronco pode ser usado na construção de casas, currais etc.
Próximo ao mar, encontram-se as salinas. A paisagem aí é marcada pelos cata-ventos das bombas que elevam a água do mar até grandes lagoas, os cercos, onde ela se evapora e deixa o sal como resíduo.
O grande centro urbano do Sertão é Fortaleza, a segunda maior cidade do Nordeste. Em 1993 (estimativa), ocupava o sétimo lugar entre as metrópoles brasileiras, reunindo 2,4 milhões de habitantes.
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O Meio-Norte
O Meio-Norte corresponde ao Estado do Maranhão e a um pequeno trecho do oeste do Piauí. É conhecido também como Zona de Transição para a Amazônia, pelo fato de que as condições de relevo, solo, clima, vegetação e hidrografia vão mudando aos poucos da aridez sertaneja para a umidade da floresta amazônica.
O clima, quente e seco no sudeste do Piauí, vai, aos poucos, se tornando úmido, até chegar às mesmas características do clima amazônico no oeste e noroeste do Maranhão. Essa variedade climática é acompanhada por formações vegetais diversas, da caatinga do Piauí à floresta equatorial no oeste do Maranhão, passando por trechos de cerrado e pela mata dos cocais, composta sobretudo de babaçu (um tipo de palmeira).
O extrativismo do babaçu é a principal atividade econômica dessa parte do Nordeste. São importantes também o cultivo de arroz e a criação de gado. Apesar de possuir clima mais favorável que o do Sertão, o Meio-Norte é das regiões menos povoadas do Nordeste, pois ocupa uma área de 350.000 km² e abriga apenas 13% da população nordestina.
O grande centro urbano do Sertão é Fortaleza, a segunda maior cidade do Nordeste. Em 1993 (estimativa), ocupava o sétimo lugar entre as metrópoles brasileiras, reunindo 2,4 milhões de habitantes.
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O Meio-Norte
O Meio-Norte corresponde ao Estado do Maranhão e a um pequeno trecho do oeste do Piauí. É conhecido também como Zona de Transição para a Amazônia, pelo fato de que as condições de relevo, solo, clima, vegetação e hidrografia vão mudando aos poucos da aridez sertaneja para a umidade da floresta amazônica.
O clima, quente e seco no sudeste do Piauí, vai, aos poucos, se tornando úmido, até chegar às mesmas características do clima amazônico no oeste e noroeste do Maranhão. Essa variedade climática é acompanhada por formações vegetais diversas, da caatinga do Piauí à floresta equatorial no oeste do Maranhão, passando por trechos de cerrado e pela mata dos cocais, composta sobretudo de babaçu (um tipo de palmeira).
O extrativismo do babaçu é a principal atividade econômica dessa parte do Nordeste. São importantes também o cultivo de arroz e a criação de gado. Apesar de possuir clima mais favorável que o do Sertão, o Meio-Norte é das regiões menos povoadas do Nordeste, pois ocupa uma área de 350.000 km² e abriga apenas 13% da população nordestina.
Leitura / Teatro
Escritores
João Cabral de Melo Neto José Lins do Rego Jorge Amado Graciliano Ramos Ariano Suassuna Raquel de Queiroz Gilberto Freyre Rui Barbosa
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Dicas de Livros
Justino, o Retirante
&Justino, um menino de 12 anos, órfão, foge da seca, sa fome, da opressão dos grandes latifundiários. É mais um retirante que procura se livrar da cruel realidade nordestina. percorrendo os caminhos áridos do sertão, descobre a solidariedade e a amizade, e começa a alimentar um sonho capaz de transformar sua vida e a de sua gente. Escrito por Odete de Barros Mott da editora Atual.Nbsp;
* * *
Teatro de Bonecos
A arte de dar vida aos bonecos Mnu herdou dos avós, que viajaram durante toda a vida pelo sertão nordestino, brincando em vilas, praças, escolas e fazendas. Só para dar uma idéia, seu avô, Mestre Perfumado, foi um dos mais afamados mamulengueiros de Pernambuco. Era uma vida difícil que os pais de Manu não queriam para o filho, mas não teve jeito: ele acabou se interessando mesmo pelos bonecos e aos poucos foi se tornando um brincante. Primeiro, entregava os bonecos aos pais, depois os comandava sem fala, nas cenas de luta e afins. O aprendizado precoce fez dele o mais famoso animador de bonecos do País, o Rei do Mamulengo. Sua história está retratada no livro O Rei do Mamulengo, de Rogério Andrade Barbosa, um apaixonado pelo folclore e cultura brasileira. As ilustrações são do pernambucano André Neves.
João Cabral de Melo Neto José Lins do Rego Jorge Amado Graciliano Ramos Ariano Suassuna Raquel de Queiroz Gilberto Freyre Rui Barbosa
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Dicas de Livros
Justino, o Retirante
&Justino, um menino de 12 anos, órfão, foge da seca, sa fome, da opressão dos grandes latifundiários. É mais um retirante que procura se livrar da cruel realidade nordestina. percorrendo os caminhos áridos do sertão, descobre a solidariedade e a amizade, e começa a alimentar um sonho capaz de transformar sua vida e a de sua gente. Escrito por Odete de Barros Mott da editora Atual.Nbsp;
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Teatro de Bonecos
A arte de dar vida aos bonecos Mnu herdou dos avós, que viajaram durante toda a vida pelo sertão nordestino, brincando em vilas, praças, escolas e fazendas. Só para dar uma idéia, seu avô, Mestre Perfumado, foi um dos mais afamados mamulengueiros de Pernambuco. Era uma vida difícil que os pais de Manu não queriam para o filho, mas não teve jeito: ele acabou se interessando mesmo pelos bonecos e aos poucos foi se tornando um brincante. Primeiro, entregava os bonecos aos pais, depois os comandava sem fala, nas cenas de luta e afins. O aprendizado precoce fez dele o mais famoso animador de bonecos do País, o Rei do Mamulengo. Sua história está retratada no livro O Rei do Mamulengo, de Rogério Andrade Barbosa, um apaixonado pelo folclore e cultura brasileira. As ilustrações são do pernambucano André Neves.
Comidas Típicas
Arroz DoceIngredientes1 xícara de arroz; 1 lata de leite moça e canela em pó.Modo de fazerLave o arroz e escorra bem. Leve ao fogo numa panela grande com 1 1/2 litro de água. Quando ferver, abaixe o fogo e cozinhe até que o arroz fique macio. Junte o leite condensado, misture bem e retire do fogo.* Querendo, sirva em tijelinhas individuais ou numa travessa. polvilhe o arroz doce com canela ou, para inovar, com uma calda à base de vinho tinto.
Bolo de Fubá CozidoIngredientes:Faça um mingau com duas xícaras (de chá) de fubá; 2 xícaras (de chá) de açúcar; 2 xícaras (de chá) de leite; 2 colheres (de sopa) cheias de manteiga; uma colher (de chá) de erva-doce; 4 cravos da Índia, uma rama de canela e uma pitada de sal.Modo de Fazer:Coloque todos os ingredientes numa panela, deixe cozinhar, mexendo sempre até ficar solto da panela. Deixe esfriar. Tome 4 ovos, bata as claras em neve, adicione as gemas batendo um pouco mais. Junte os ovos ao mingau já frio, adicione uma colher ( de sopa) bem cheia de fermento em pó dissolvido em uma xícara (de chá) de leite e um pires de queijo parmesão ralado. Leve ao forno quente em forma untada com manteiga.
Bolo de Massa de MandiocaIngredientes:1 quilo de massa de mandioca lavada e seca; 100 gr de manteiga; 6 gemas; 4 claras em neve; 400 gr de açúcar; 1 copo de leite de coco; 1 copo de leite de vacaModo de fazer:Misturar na ordem acima todos os ingredientes, colocar numa forma untada e levar ao forno quente.
Broa de Milho VerdeIngredientes:10 espigas de milho verde; 1 litro de leite; açúcar a gosto; 1 pitada de sal; 4 colheres (sopa) de queijo parmesão; 4 colheres (sobremesa) de fermento em pó e 1 colher (sopa) de margarina ou manteiga. Como Fazer:Lave as espigas e retire o milho do sabugo. Passe no liquidificador com um pouquinho de leite ou água. Acrescente o leite, o queijo ralado, o c6oco, o fermento, a margarina, o açúcar e o sal, misturando bem. Unte um tabuleiro com manteiga ou óleo e leve ao forno. Quando a mistura estiver coradinha ( o que leva cerca de 40 minutos), está pronta. A broa fica igual a um pudim bem consistente.
CocadaIngredientes:700 g de açúcar; 1 copo de água e 2 cocos ralados. Como Fazer:Leve o açúcar e a água ao fogo. Quando estiver em ponto de fio coloque o coco ralado. Tire do fogo colocando pequenas porções em forminhas de papel ou no mármore untado, deixando esfriar e depois corte em pequenos quadrados.
MungunzáIngredientes:250g de milho branco para canjica; 1 litro de leite; 1 e ½ xícara de chá de açúcar; 1 xícara de chá de coco fresco ralado; canela em pó ou em pau, a gosto.Modo de preparo:Deixe o milho de molho na água por um mínimo de três horas, ou deixe por uma noite. Leve ao fogo em uma panela de pressão, com um litro de água, e cozinhe por 30 minutos. Deixe sair a pressão naturalmente. Se o milho já estiver macio, junte o leite, o açúcar e o amendoim, cozinhando por mais 30 minutos com apanela sem a tampa. Servir quente, morna ou gelada. Se gostar, polvilhe com canela em pó. Existe uma variação que substitui o coco ralado por amendoim torrado e moído de forma grosseira. Espécie de mingau com milho branco, leite, açúcar e coco ralado. Também é popular e jocosamente chamado de chá-de-burro. Nos estados do sul, é chamada de canjica de milho branco ou apenas de canjica.
Pudim de MacaxeiraIngredientes:500 gramas de macaxeira cozida em água e sal; 3 ovos inteiros; 2 copos de leite de coco; 2 copos de açúcar; 1 colher de sopa rasa de maizena; 1 colher de sopa rasa de manteiga; 1 pitada de salModo de fazer:Depois da macaxeira cozida ,ponha todos os ingredientes no liquidificador e despeje numa forma para pudim, untada com manteiga e leve ao forno quente até dourar.
TapiocaIngredientes:Goma de tapioca; Fatias bem finas de queijo coalho; Coco fresco ralado; Manteiga de garrafa.Modo de Preparo:Passe a goma pela peneira. Esquente bem uma frigideira e, sem untar, coloque uma porção da goma (o suficiente para cobrir com uma camada bem fina o fundo da panela). Coloque algumas fatias de queijo, uma porção de coco ralado e um pouco de manteiga. O fogo deve estar bem brando para a massa não queimar. Quando o recheio esquentar e o queijo começar a derreter, dobre a massa ao meio, apertando as bordas com uma colher para fechar a tapioca. Pronto. Para fazer outra, limpe bem a frigideira com um pano seco e esquente-a novamente. Só aí, coloque outra porção de goma.
Bolo de Batata DoceIngredientes:1 quilo de batata doce cozidas e amassadas; 3 xícaras de açúcar refinado; 4 gemas; leite puro de 1 coco; 120 g de manteiga; 100 g de castanhas torradas e moídas; 1 xícara de farinha de trigo; 1 colher de chá de fermento; 2 claras em neve.Modo de fazer:Junte a batata com todos os ingredientes. Se ficar pesado, junte um pouco de leite de vaca. Bata bem e coloque, por último, as claras em neve. Forno quente em forma untada.
Bolo de MacaxeiraIngredientes:1 quilo e meio de macaxeira crua ralada ,espremida e peneirada (peneira grossa); 2 copos de açúcar; 1 copo de leite de coco; 1 coco raspado; 4 ovos inteiros; 100 gr de manteigaModo de fazer:Misturar pela ordem todos os ingredientes, colocar numa forma untada e levar ao forno quente até dourar.
Bolo de MilhoIngredientes:1 1/2 copo de flocos de milho, 2 1/2 copos de açúcar, 3 copos de leite, 1/2 copo de farinha de trigo, 1 1/2 copo de leite de coco, 6 ovos, 1 xícara de queijo parmesão ralado, 1 colher de sopa de erva doce, 1/2 colher de sopa de cravo-da-índia, 1 colher de sopa de fermento e 1 colher de chá de sal.Modo de Fazer:Peneire os flocos de milho. Junte o leite, o açúcar e o sal. Leve ao fogo até engrossar e deixe a mistura reservada. Prepare um chá com a erva doce e o cravo. Enquanto o chá esfria, bata os ovos. Junte a farinha e o leite de coco. Acrescente o queijo, o fermento e o chá. Despeje tudo aos poucos na massa do milho. Levar ao forno por meia hora em fôrma untada e polvilhada.
CanjicaIngredientes2 xícaras de chá de milho p/ canjica Leite 2 xícaras de chá de açúcar Canela em pedaços Cravos-da-Índia Canela em pó.Modo de fazerNa véspera, coloque o milho de molho numa tigela com água. No dia seguinte, escorra o milho, passe-o para uma panela de pressão, cubra com água e leve ao fogo. Deixe esfriar até poder abrir a panela, verifique se o milho já está macio. Se não estiver, cozinhe mais um pouco. Depois, junte leite suficiente para cobrir todo o milho. Coloque o açúcar, pedaços de canela e cravos-da-índia a gosto e cozinhe em fogo mínimo, mexendo de vez em quando com a colher de pau até obter um caldo grosso e saboroso. Deixe esfriar e passe para uma compoteira. Na hora de servir, polvilhe a canela em pó.
Cuscuz de MilhoIngredientes:250 g de flocos de milho; 1 coco raspado; sal a gosto; água. Modo de fazer:Com a água salgada, umedeça os flocos de milho, misture bem e leve a cozinhar no cuscuzeiro ou faça o seguinte: ponha uma chaleira no fogo com água para ferver; em um pires, coloque a massa formando montes; cubra com um guardanapo úmido, amarre atrás do pires e tampe, com o mesmo a boca da chaleira. Com 10 a 15 minutos, está cozido o cuscuz. Deixe esfriar e ensope com leite de coco açucarado e com um pouquinho de sal, levando-o ao fogo ligeiramente, mexendo sempre até ferver.
Bolo de FubáIngredientes:4 ovos Leite 1 xícara de chá de óleo 2 xícaras de chá e açúcar 1 copo de leite fervente 1 xícara de chá de fubá 1 colher de sopa de fermento em pó Canela em pó Modo de Fazer:Pré-aqueça o forno. Quebre os ovos na tigela da batedeira e adicione o óleo e o açúcar. Bata até misturar tudo muito bem. Junte o leite fervente e torne a bater. Adicione a farinha, o fubá e o fermento aos poucos batendo sempre. Despeje numa assadeira untada com óleo e leve ao forno quente para assar até que ao enfiar um palito na massa este saia seco. Tire do forno e polvilhe com uma mistura de açúcar e canela em partes iguais. Dica:Após a adição do leite fervente, o bolo deve ser batido rapidamente e levado ao forno já quente em seguida. Assim ficará macio e levemente úmido.
PamonhaIngredientes5 espigas de milho verde grandes 1/2 xícara de chá de leite 1 colher de sopa de manteiga 1 xícara de chá de açúcar.Modo de fazerDescasque as espigas(reserve as palhas), eliminando os fios. Usando uma faca afiada, corte os grãos de milho bem rente ao sabugo. Coloque-os no copo do liquidificador e bata até obter um creme e reserve. Aqueça o leite junto com a manteiga e o açúcar até que a manteiga derreta. Apague o fogo e deixe esfriar. Enquanto isso, escolha as palhas maiores, dobre-as e costure as laterais, fazendo saquinhos. Adicione o creme, mexa bem e distribua o creme obtido entre os saquinhos. Feche-os bem, amarrando com tiras de palha. Coloque os saquinhos numa panela com água e cozinhe até que a pamonha esteja firme e a palha amarelada. Sirva-as quente ou frias.
Pé-de-MolequeIngredientes:1 xícara de chá de glicose de milho 2 xícaras de chá de açúcar 300 g de amendoim cru, Sem casca 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio para untar. Modo de Fazer: Misture a glicose de milho, o açúcar, o amendoim 4 colheres de água e leve ao fogo para cozinhar. Deixe ferver, mexendo com uma colher de pau por uns 25 minutos ou até que o amendoim comece a estalar. Mantenha no fogo por mais 3 minutos. Adicione o bicarbonato sem parar de mexer. Tire do fogo e continue batendo mais um pouco com a colher. Despeje numa, superfície de mármore untada e deixe esfriar. Corte os pés-de-moleque em quadradinhos ou losangos e arrume-os numa travessa. Dica:Para cortar pés-de-moleque mais uniformes, risque o doce com a ponta da faca enquanto ele ainda está mole. Depois é só cortar nas linhas.
Bolo de Milho VerdeIngredientes:6 espigas de milho verde; 2 xícaras (de chá) de leite; 2 colheres (de sopa) de margarina derretida; 2 xícaras (de chá) de açúcar; quatro ovos; uma colher (de café) de canela em pó; uma colher (de sobremesa) de fermento em póModo de fazer:Retire os grãos de milho verde com uma faca afiada, cortando-os rente ao sabugo. Coloque no liquidificador o milho e o leite e bata muito bem. Junte os ovos, o açúcar, a canela e a margarina, batendo até ficar uma mistura homogênea. Finalmente acrescente o fermento. Unte muito bem uma assadeira com margarina. Leve ao forno por aproximadamente 40 minutos. Deixe esfriar e corte em quadrinhos. Leva de duas a três horas para esfriar.
Folclore
Folclore, palavra de origem inglesa que significa sabedoria do povo, é o estudo das tradições populares: brincadeiras de roda e jogos infantis, comidas típicas, ditos, provérbios e crendices, danças e festejos populares, como o frevo pernambucano e o bumba-meu-boi do Maranhão, tudo que o povo inventa, que não tem criação individual. Com o progresso, muitas tradições vão morrendo: as crianças, por exemplo, ignoram muitos dos brinquedos de antigamente e as serenatas, que vieram da Europa com os portugueses, desapareceram das grandes cidades. Hoje, para ouvi-las, tem-se que ir a Ouro Preto, a cidade mineira dos velhos sobrados. O governo, porém, procura preservar o folclore por interesse cultural e econômico, pois ele promove o turismo; é o que justifica o apoio oficial dado ao carnaval de várias cidades, como Rio de Janeiro, Salvador, Olinda, etc. O mais folclórico dos carnavais brasileiros é o pernambucano, com forte influência africana e indígena. Nas ruas de Recife e Olinda, o povo dança o frevo, de ritmo contagiante, que freve ou ferve. Muitos acreditam que o frevo nasceu da capoeira, a luta africana que no Brasil virou dança. O maracatu também aparece no carnaval pernambucano com reis, príncipes e embaixadores vestidos com fantasias de luxo. Foi na origem um cortejo religioso: nas portas das igrejas eram coroados reis e rainhas de escravos. Muitas vezes eram soberanos de verdade, pois houve reis africanos que foram aprisionados em sua terra e vieram para o Brasil na condição de escravo. Ainda no carnaval de Pernambuco aparecem os caboclinhos, grupos fantasiados de índios, que lembram a velha dança dos curumins. Nas ruas e em rápidos movimentos, os caboclinhos levantam-se ou abaixam-se, avançam ou recuam, como se estivessem no ataque ou na defesa. Das tradições de origem portuguesa, os festejos juninos ou de junho são os mais propagados pelo Brasil, principalmente no Nordeste. Embora sejam em louvor de São João, Santo Antônio e São Pedro, os festejos juninos são muito remotos, anteriores mesmo à formação do cristianismo. É que no Hemisfério Norte o 24 de junho (dia de São João) é também a entrada do verão. Por ser o início da época das colheitas, os lavradores comemoravam a data com fogueiras, e para afastar os maus espíritos, causadores de pragas e doenças nas plantas e nos animais, davam tiros, costume que se converteu nos fogos de São João. Aos festejos juninos veio juntar-se, curiosamente, uma tradição de origem diversa, vinda da França: é a quadrilha, que já foi dança aristocrática, mesmo no Brasil, dançada pelos nobres no tempo do Império.
Artesanato
Existem três formas de artesanato: o folcórico (manifestação de cultura espontânea), erudito (resultante de um aprendizado dirigido) e popular (executado num contexto comercial e de consumo). A característica principal do artesanato folclórico é a produção de um efeito físico, de sentido predominantemente utilitário. No seu domínio incluem-se objetos e artefatos de uso diversificado, executados manualmente por uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas. Esses objetos contêm em si marcas de uma cultura determinada e, deste modo, atestam a ligação do homem com o meio social em que vive. Exemplos de artesanato com função lúdica são as peças em cerâmica de Caruaru (PE). A confecção dessas peças ocupa atualmente centenas de famílias de artesãos. São geralmente pintadas com tintas industrializadas e reproduzem cenas e tipos populares regionais.
O Frevo
Em Pernambuco, entre os anos de 1910 e 1911, ocorreu o aparecimento de um ritmo carnavalesco bastante animado e que é famoso até hoje: o frevo. A palavra frevo vem de ferver, uma vez que, o estilo de dança faz parecer que abaixo dos pés das pessoas exista uma superfície com água fervendo.
Este estilo pernambucano de carnaval é um tipo de marchinha bastante acelerada, que, ao contrário de outras músicas carnavalescas, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto a multidão se diverte dançando.
Apesar de parecerem simples ao olhar, os passos do frevo são bem complicados, pois, esta dança inclui: gingados, malabarismos, rodopios, passinhos miúdos e muitos outros passos complicados.
Os dançarinos de frevo encantam com sua técnica e improvisação, sendo que esta última é bastante utilizada. Para complementar a beleza da dança, eles usam uma sombrinha ou guarda-chuva aberto enquanto dançam.
Como vimos, o frevo é tocado, contudo, em alguns casos, ele também pode ser cantado. Há ainda uma forma mais lenta de frevo, e esta, é chamada de frevo-canção.
Este estilo pernambucano de carnaval é um tipo de marchinha bastante acelerada, que, ao contrário de outras músicas carnavalescas, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto a multidão se diverte dançando.
Apesar de parecerem simples ao olhar, os passos do frevo são bem complicados, pois, esta dança inclui: gingados, malabarismos, rodopios, passinhos miúdos e muitos outros passos complicados.
Os dançarinos de frevo encantam com sua técnica e improvisação, sendo que esta última é bastante utilizada. Para complementar a beleza da dança, eles usam uma sombrinha ou guarda-chuva aberto enquanto dançam.
Como vimos, o frevo é tocado, contudo, em alguns casos, ele também pode ser cantado. Há ainda uma forma mais lenta de frevo, e esta, é chamada de frevo-canção.
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